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Trabalhadores com carteira assinada já podem contratar consignado CLT direto pelos bancos; Entenda

 




Desde 25 de abril, trabalhadores com carteira assinada têm acesso facilitado ao empréstimo consignado CLT diretamente pelas plataformas digitais dos bancos. A medida faz parte do programa Crédito do Trabalhador, lançado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e tem como objetivo ajudar a substituir dívidas com juros altos, como as de cartão de crédito e crédito pessoal, por financiamentos com taxas muito mais baixas.


Até o momento, 1,47 milhão de contratos foram firmados, totalizando R$ 8 bilhões liberados, com média de R$ 5.502,02 por contrato e parcelas mensais em torno de R$ 337,14. A taxa de juros do consignado CLT gira em torno de 3% ao mês, bem abaixo dos 7% a 8% do crédito pessoal (CDC) e dos mais de 10% dos cartões de crédito.


Como funciona o consignado CLT?

Essa modalidade permite que as parcelas sejam descontadas automaticamente do salário, com um limite de até 35% da renda mensal. O processo é integrado ao app Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital) e às plataformas bancárias, o que facilita o acesso e contratação.


A segurança também é um diferencial: em caso de demissão, até 10% do saldo do FGTS e a multa rescisória podem ser usados para quitar a dívida. A gestão do sistema é feita pela Dataprev, que integra informações entre empresas, bancos e o governo.


Facilidade e expansão

A contratação pode ser feita de forma simples: o trabalhador acessa o app do banco, realiza uma simulação e, se concordar com as condições, finaliza o contrato, seja digitalmente ou presencialmente. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideram o número de contratos, com destaque para a alta demanda por reorganização financeira.


O governo também prepara uma plataforma de portabilidade, com lançamento previsto para junho, permitindo que o trabalhador transfira o empréstimo de um banco para outro com condições melhores. A expectativa é que essa medida aumente a concorrência entre os bancos e traga mais benefícios ao consumidor.


Destaques da modalidade

Juros baixos: cerca de 3% ao mês, contra 8% no CDC.


Integração digital: contratação em minutos via app bancário ou CTPS Digital.


Segurança: uso do FGTS e multa rescisória como garantia.


Gestão pública: sistema administrado pela Dataprev.


Portabilidade: em breve será possível mudar de banco buscando melhores taxas.


Perfil dos contratos e cuidados

A média das parcelas aponta para prazos mais longos, reduzindo o impacto mensal no orçamento. O programa tem beneficiado trabalhadores de empresas pequenas e médias, tradicionalmente com menor acesso ao crédito barato.


Contudo, o MTE alerta para a importância do planejamento financeiro. Apesar das condições mais favoráveis, o trabalhador deve avaliar se as parcelas cabem no orçamento antes de assumir novas dívidas. É indicado tentar negociar as dívidas existentes antes de recorrer ao consignado.


Crescimento regional

A maior parte dos contratos está concentrada nos seguintes estados:


São Paulo: cerca de 400 mil contratos (R$ 2,2 bilhões).


Rio de Janeiro: 250 mil contratos (R$ 1,4 bilhão).


Minas Gerais: 200 mil contratos (R$ 1,1 bilhão).


Rio Grande do Sul: 150 mil contratos (R$ 825 milhões).


Paraná: 120 mil contratos (R$ 660 milhões).


Regiões como o Sul e Sudeste se destacam pela ampla rede bancária e pela grande quantidade de trabalhadores com carteira assinada. Já nas regiões Norte e Nordeste, onde a adesão ainda é tímida, o governo planeja campanhas educativas e ações para ampliar o alcance da iniciativa.



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