
No cenário atual do mercado de trabalho, um grupo de profissionais tem se destacado não apenas pela alta demanda, mas também pelos salários atrativos que podem chegar a R$ 60 mil por mês. Trata-se dos especialistas em tecnologia da informação (TI) — especialmente aqueles com conhecimento em segurança cibernética, inteligência artificial, ciência de dados e computação em nuvem.
À medida que empresas de todos os setores aceleram sua transformação digital, cresce a necessidade por talentos capazes de lidar com grandes volumes de dados, automatizar processos, proteger sistemas contra ataques e criar soluções digitais inovadoras. Resultado: uma corrida por profissionais qualificados, que hoje são disputados a peso de ouro.
Falta gente qualificada
Apesar da remuneração alta e do volume de vagas, o mercado sofre com um grande déficit de mão de obra especializada. Segundo estimativas da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o Brasil forma cerca de 53 mil profissionais de TI por ano, mas a demanda anual ultrapassa 150 mil.
“O setor cresceu mais rápido do que a capacidade de formação. Há vagas sobrando e empresas dispostas a investir pesado em bons profissionais”, explica Carolina Vasconcellos, consultora de recrutamento na área de tecnologia. “Já vimos ofertas chegando a R$ 60 mil por mês para cargos como CTO (Chief Technology Officer), arquiteto de soluções e líder de cibersegurança.”
Cargos em alta
Entre os profissionais mais procurados estão:
Engenheiros de software sênior
Cientistas de dados
Especialistas em segurança da informação
Engenheiros de DevOps e nuvem (Cloud Engineers)
Arquitetos de soluções
Gestores de tecnologia (CIOs e CTOs)
Essas funções exigem um alto nível técnico, domínio de ferramentas específicas e, muitas vezes, fluência em inglês. A capacidade de liderança e visão estratégica também são valorizadas, especialmente para cargos de gestão.
Trabalho remoto e oportunidades internacionais
Outro ponto que impulsiona os salários é a internacionalização da mão de obra brasileira. Profissionais qualificados têm sido contratados por empresas dos Estados Unidos, Europa e Ásia para trabalhar remotamente a partir do Brasil, recebendo em moeda estrangeira.
“Muitas empresas globais descobriram que no Brasil há profissionais altamente capacitados e com custo competitivo. Isso gera uma nova realidade salarial para quem atua na área”, comenta o especialista em carreira Luiz H. Salles.
Como entrar nessa área
Para quem deseja migrar de carreira ou começar no setor, o caminho passa por formação técnica ou universitária em áreas como ciência da computação, engenharia ou análise de sistemas, além de cursos livres em linguagens de programação, inteligência artificial, análise de dados e segurança digital.
Plataformas como Coursera, Udemy, Alura e DIO oferecem cursos acessíveis — muitos gratuitos — que permitem a formação inicial e avançada em poucos meses.
“É uma área que valoriza muito o conhecimento prático. Se você tiver projetos, portfólio ou certificações, mesmo sem diploma formal, pode conquistar boas oportunidades”, diz Carolina.
Futuro promissor
A tendência é que a demanda por profissionais de tecnologia continue crescendo nos próximos anos, impulsionada pela automação, internet das coisas (IoT), blockchain e, especialmente, pela popularização da inteligência artificial generativa.
Oportunidades não faltam. O desafio agora é formar, atrair e reter talentos capazes de liderar essa nova fase do mundo digital.
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