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Fato ou fake? Entenda indenização de R$ 30 mil do Serasa para quem teve CPF vazado





Em uma era digital com cada vez mais exposição, cresce a preocupação sobre a segurança de dados pessoais. Afinal, as notícias sobre possíveis vazamentos de informações têm se tornado um tema recorrente.

No Brasil, casos envolvendo grandes empresas de crédito frequentemente ganham destaque, levantando debates sobre a privacidade e a proteção dos consumidores.

Nesse contexto, a discussão sobre uma suposta indenização milionária da Serasa para pessoas afetadas por um vazamento de dados é um exemplo claro dessa questão. Mas, afinal, isso é fato ou fake?

O que está sendo divulgado sobre a indenização do Serasa?

Recentemente, tem circulado a informação de que a Serasa Experian estaria obrigada a pagar até R$ 30 mil em indenização para cada pessoa que teve seus dados pessoais vazados. Segundo esses rumores, qualquer pessoa com CPF, independente do número final, teria direito a essa compensação.

Tal alegação ganhou força após publicação de um vídeo que rapidamente viralizou nas redes sociais, alcançando milhares de visualizações e compartilhamentos. A informação gerou grande expectativa e ansiedade entre os consumidores que acreditam ter direito a essa compensação financeira.

No entanto, ao investigar a veracidade dessas alegações, o site Estadão Verifica concluiu que essa informação é falsa. Embora o Ministério Público Federal tenha movido uma ação contra a Serasa Experian solicitando indenizações, a empresa não foi condenada judicialmente.

Portanto, atualmente não existe qualquer determinação legal que obrigue a Serasa a realizar esses pagamentos aos consumidores supostamente afetados pelo vazamento de dados. Ainda assim, muitas pessoas continuam acreditando nessa possibilidade, estimulada por notícias falsas.

Os conteúdos, compartilhados em plataformas como TikTok e YouTube, incentivam os usuários a interagir, aumentando o alcance da desinformação.

Desmentindo as alegações e “colocando os pingos nos is”

É importante destacar que, desde o início do ano, diversas iniciativas de checagem de fatos desmentiram essas alegações sobre a indenização da Serasa.

Publicações que imitavam reportagens de veículos de imprensa respeitados e até manipulações de vídeos com figuras públicas foram identificadas como falsas.

As investigações demonstraram que as afirmações eram infundadas e que a Serasa Experian não havia sido obrigada a pagar qualquer indenização.

A realidade é que o processo movido pelo MPF contra a Serasa ainda está em trâmite na Justiça. O pedido de indenização de R$ 30 mil por pessoa afetada é uma solicitação que faz parte da ação, mas ainda não houve qualquer decisão favorável aos consumidores.

Além disso, a Serasa tem contestado a acusação, afirmando que não existem evidências de que o vazamento tenha ocorrido a partir de suas bases de dados. Por enquanto, os consumidores devem estar atentos às atualizações sobre o caso e evitar cair em golpes que prometem valores dessa natureza.

Andamento do processo e posição do órgão de proteção ao crédito

O caso envolvendo o vazamento de dados pessoais de mais de 223 milhões de brasileiros veio à tona em janeiro de 2021.

Desde então, o Instituto Sigilo e outras entidades têm acusado a Serasa de vender essas informações, em suposta violação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Em resposta, o MPF entrou como coautor em uma ação civil pública contra a empresa, pedindo uma multa significativa e a indenização mencionada anteriormente.

Apesar do avanço do processo no Tribunal Federal Regional da 3ª Região (TRF-3), de São Paulo, ainda não houve uma decisão final. A última movimentação relevante foi apenas uma etapa administrativa dentro do trâmite judicial.

A Serasa Experian, por sua vez, nega veementemente qualquer responsabilidade pelo vazamento. Em suas declarações oficiais, a empresa reafirma que não encontrou nenhuma evidência técnica para comprovar alguma violação de sistema.



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